por Afonso Dias e Teresa da Silva
Um tributo a Francisco Xavier de Athaíde Oliveira a partir do cancineiro do Algarve (1905).
Canções e poemas numa viagem pelo algarve de sonhos, lendas e aventuras, heróis e moiras encantadas.
Canções e poemas numa viagem pelo algarve de sonhos, lendas e aventuras, heróis e moiras encantadas.
Francisco Xavier de Athaíde Oliveira nasceu em Algoz, concelho de Silves, a 10 de outubro de 1842, e morreu em Loulé a 20 de novembro de 1915.
Originário de uma família de pequenos proprietários agrícolas, frequentou os estudos preparatórios no Liceu de Faro e matriculou-se no Seminário de São José, a fim de seguir a vida eclesiástica, concluindo o curso em 1866. Em 1968 foi consagrado presbítero, desempenhando funções de Capelão da Universidade de Coimbra, na qual se formou em Direito (1874) e Teologia (1875). Em 1885 foi nomeado Conservador do Registo Predial de Loulé, serviço onde desempenhou as funções de Conservador adjunto desde 1882.
Enquanto jornalista, desenvolveu uma colaboração regular com a imprensa regional, tendo sido autor de publicações que versaram os domínios da história, arqueologia e etnografia. Ainda neste âmbito fundou e dirigiu o primeiro jornal em Loulé, O Algarvio, periódico regionalista que manteve atividade entre 1889 e 1893.
O seu contributo no domínio da etnografia portuguesa no final do século XIX centrou-se nos estudos pioneiros da literatura oral e tradições populares algarvias. Durante a sua passagem por Coimbra, que se prolongou até 1875, privou com algumas das personalidades proeminentes da “Geração de 70”, nomeadamente com Teófilo de Braga, reconhecendo-se as suas influências no domínio histórico e etnográfico relativo à recolha do romanceiro e do lendário algarvio, que constituiu o essencial das principais obras etnográficas de Ataíde Oliveira.
Da sua produção etnográfica destaca-se a obra As Mouras Encantadas e os Encantos do Algarve (1898), considerado o seu primeiro ensaio sobre tradições populares, lendas e superstições. Publicou Contos infantis (1897) e Contos tradicionais do Algarve (2 vols., 1900 e 1905), Romanceiro e Cancioneiro do Algarve – Lição de Loulé (1905), compilação da tradição oral regional, compreendendo contos, lendas, orações, superstições e ladainhas populares, entre outras formas de narrativas populares.
Consagrou às diferentes localidades algarvias importantes estudos monográficos histórico-geográficos, cobrindo quase todo o território da região entre 1905 e 1914.
Originário de uma família de pequenos proprietários agrícolas, frequentou os estudos preparatórios no Liceu de Faro e matriculou-se no Seminário de São José, a fim de seguir a vida eclesiástica, concluindo o curso em 1866. Em 1968 foi consagrado presbítero, desempenhando funções de Capelão da Universidade de Coimbra, na qual se formou em Direito (1874) e Teologia (1875). Em 1885 foi nomeado Conservador do Registo Predial de Loulé, serviço onde desempenhou as funções de Conservador adjunto desde 1882.
Enquanto jornalista, desenvolveu uma colaboração regular com a imprensa regional, tendo sido autor de publicações que versaram os domínios da história, arqueologia e etnografia. Ainda neste âmbito fundou e dirigiu o primeiro jornal em Loulé, O Algarvio, periódico regionalista que manteve atividade entre 1889 e 1893.
O seu contributo no domínio da etnografia portuguesa no final do século XIX centrou-se nos estudos pioneiros da literatura oral e tradições populares algarvias. Durante a sua passagem por Coimbra, que se prolongou até 1875, privou com algumas das personalidades proeminentes da “Geração de 70”, nomeadamente com Teófilo de Braga, reconhecendo-se as suas influências no domínio histórico e etnográfico relativo à recolha do romanceiro e do lendário algarvio, que constituiu o essencial das principais obras etnográficas de Ataíde Oliveira.
Da sua produção etnográfica destaca-se a obra As Mouras Encantadas e os Encantos do Algarve (1898), considerado o seu primeiro ensaio sobre tradições populares, lendas e superstições. Publicou Contos infantis (1897) e Contos tradicionais do Algarve (2 vols., 1900 e 1905), Romanceiro e Cancioneiro do Algarve – Lição de Loulé (1905), compilação da tradição oral regional, compreendendo contos, lendas, orações, superstições e ladainhas populares, entre outras formas de narrativas populares.
Consagrou às diferentes localidades algarvias importantes estudos monográficos histórico-geográficos, cobrindo quase todo o território da região entre 1905 e 1914.