15.10.24
Sugestões de Leitura
"Encontro"
de Natasha Brown
ed: Livros do Brasil, 2022
A narradora deste romance é uma mulher negra britânica, com uma posição de destaque no mercado financeiro e um namorado oriundo de uma família conservadora.
Seguiu todas as boas regras: ser cortês num ambiente hostil, conseguir a melhor formação superior, lançar-se numa carreira rentável, comprar um bom apartamento, comprar arte, comprar uma espécie de felicidade – e principalmente, manter-se calada, discreta e prosseguir.
Agora, enquanto se prepara para participar na festa de aniversário de casamento dos pais do namorado, debate-se com algo que poderá mudar a sua vida, definitivamente. É preciso tomar uma decisão. Esta é uma história sobre as histórias de que somos feitos: de raça e classe social, de segurança e liberdade, de vencedores e vencidos.
E do que significa assumirmos o controlo do nosso destino.
in: wook.pt
10.10.24
Para os mais novos
"A minha mãe é professora”
de Carla Jorge e Irina Melo
Para os filhos, a profissão dos pais é quase mágica. Um Mundo desconhecido de que ouvem falar em casa e têm curiosidade em descrobrir.
A Minha Mãe é Professora conta as aventuras que vivi no dia em que visitei a escola onde trabalha a minha mãe. Venham comigo aprender a tabuada, ouvir histórias de reis e rainhas e comer na cantina. Boa viagem!
8.10.24
António Ramos Rosa
António Vítor Ramos Rosa um dos maiores poetas portugueses do século XX, a quem foram atribuídos os maiores prémios literários do nosso país bem como as mais altas condecorações, trabalhando ao longo da sua vida como empregado de escritório, e ainda como tradutor e professor.
Em 1945 participou na formação do MUD Juvenil e em 1949, coerente com a sua atitude de oposição ao Estado Novo, recusou-se a receber o Prémio Nacional de Poesia da Secretaria de Estado de Informação e Turismo atribuído a "Nos Seus Olhos o Silêncio".
Desenvolvendo uma importante atividade nos domínios da teorização e da criação poética, o nome de António Ramos Rosa surge ligado a publicações literárias dos anos 50, como Árvore, Cassiopeia ou Cadernos do Meio-Dia, que primaram não só por uma postura de isenção relativamente aos diversos feixes estéticos que atravessam a década de 50 (legado surrealista; evolução da poesia neorrealista, entre outros), como por um critério de respeito pela qualidade estética dos trabalhos literários publicados.
São esses aliás os princípios de Árvore, revista que co-fundou, em 1951, com os poetas António Luís Moita, José Terra, Luís Amaro e Raul de Carvalho… De um modo geral e sucinto, a sua poesia é caracterizada por uma linhagem de um lirismo depurado, exigente, atento ao poder da palavra no conhecimento ou na fundação de um real dificilmente dizível ou inteligível.
Em 2003, a Universidade do Algarve, atribui-lhe o grau de Doutor Honoris Causa.
In wikialgarve.pt
Sugestões de Leitura
"Alguns Humanos"
de Gustavo Pacheco
ed: Tinta da China, 2018
PRÉMIO LITERÁRIO CLARICE LISPECTOR / FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL
«Com Alguns Humanos, Gustavo Pacheco repara literariamente (em) muito do que nos habituamos a não ver. E fá lo de forma ousada, recusando o artifício, expondo despudoradamente a nossa cegueira.»
— Dulce Maria Cardoso
Alguns Humanos é o primeiro livro de Gustavo Pacheco e reúne onze histórias tão inquietantes quanto disruptivas. O leitor viaja do Bornéu ao Bronx, de Moçambique a Salvador da Bahia, da Alemanha à Cidade do México, de Pequim a Buenos Aires.
Nestas geografias cruzam se as histórias de Dohong, que ficou doente depois de a mãe morrer de desgosto, do escravo Zakaly, que se deslumbra com o que lhe dão de comer, de Kuek, um índio botocudo, de Julia Pastrana, a mulher mais feia do mundo, de Li Xun, funcionário público às voltas com questões teológicas, do taxidermista Thomas Manning, que não gosta de computadores, de Moacyr, que odeia Isaías e conversa com Deus.
Evidenciando uma voz literária marcante, num estilo ecléctico burilado por uma imaginação prodigiosa, há um fio ténue que nos conduz ao longo destas narrativas e que talvez pudéssemos descrever como o retrato de uma certa humanidade.
in: tintadachina.pt
1.10.24
Sugestões de Leitura
"A Estrada subterrânea"
de Colson Whitehead
ed: Alfaguara, 2022
Prémio Pulitzer de Ficção | National Book Award | Indies Choice Book Award | Andrew Carnegie Medal of Excellence
Cora é escrava numa plantação de algodão no Estado sulista da Geórgia. A vida é um inferno para todos os escravos, mas particularmente difícil para ela. Abandonada pela mãe, cresce no meio da mais difícil solidão, a dos que são marginalizados pelos seus iguais.
Até que Caesar, um jovem escravo acabado de chegar do Estado vizinho da Virgínia, lhe fala da estrada subterrânea e fogem da plantação, rumo ao Norte e à Liberdade. Nessa madrugada de mau presságio, inicia-se uma fuga sangrenta, uma odisseia de esperança e desilusão.
A estrada subterrânea converte em realidade uma fábula da época esclavagista e imagina uma verdadeira rede de estações clandestinas unidas por um caminho-de-ferro subterrâneo que cruza a nação norte-americana. Na fuga, Cora encontrará, em cada paragem, um mundo novo, numa viagem que é uma descida aos infernos da condição humana mas também uma epopeia de esperança num país onde ainda há homens bons.
Colson Whitehead é um dos mais destacados romancistas americanos do presente e conseguiu o feito raro de vencer duas vezes consecutivas o Pulitzer Prize, o mais importante prémio literário americano. Neste livro, que o catapultou para a fama mundial, brinda-nos com uma história de que todos fazemos parte.
«Incrível. Poderoso.» Barack Obama
«Um romance poderoso, quase alucinante… Ecos de Toni Morrison, Victor Hugo e Ralph Ellison. Pinceladas de Jorge Luis Borges, Franz Kafka e Jonathan Swift…» The New York Times
«Uma obra-prima, profunda e plenamente conseguida, uma peculiar combinação de história e fantasia que levará os críticos a fazer comparações justas com Toni Morrison e Gabriel García Marquez…» The Boston Globe"
in: wook.pt