Eugénio de Andrade
é um dos mais lidos e traduzidos poetas portugueses vivos. Após algumas
tentativas juvenis que mais tarde repudiou, impôs-se definitivamente no
panorama da actual poesia portuguesa com “As Mãos e os Frutos” (1948).
Contemporâneo
dos movimentos neo-realista e surrealista, quase não acusa influência de
quaisquer escolas literárias, propondo uma poesia elementar, cuja musicalidade
só encontra precedentes na nossa lírica medieval, ou num poeta como Camilo
Pessanha, que Eugénio de Andrade assume - a par de Cesário Verde – como um dos
seus mestres.
Os
50 anos da sua vida literária foram assinalados no Porto com um colóquio
internacional sobre a sua obra, cujas actas estão agora disponíveis no primeiro
número dos “Cadernos de Serrúbia”, editados pela sua Fundação, Fundação Eugénio
de Andrade.