28.2.20

Março - Autor do mês



Boris Paul Vian nasceu em Ville-d'Avray a 10 de Março de 1920 e morreu em  Paris23 de Junho de 1959.
Bruscamente falecido com a idade de 39 anos, Boris Vian teve tempo para ser, em simultâneo, engenheiro, inventor, músico e crítico de jazz, poeta, romancista, cenarista, autor dramático, tradutor, cronista, declamador, intérprete das suas próprias canções e ator.
Foi identificado com o movimento surrealista e o anarquismo enquanto filosofia política. Hoje em dia é sobretudo lembrado pelos seus romances e canções. O seu estilo caracterizou-se por ser altamente individual, com numerosas palavras inventadas e enredos surrealistas passados sempre num universo muito próprio do autor. Como exemplo, o seu romance Outono em Pequim não se passa nem no Outono nem em Pequim.
Para além da sua veia literária, Vian foi também um membro muito influente no Jazz francês, servido de elemento de ligação em Paris de Hoagy Carmichael, Duke Ellington e Miles Davis. Escreveu inúmeros artigos para as revistas de Jazz, Le Jazz hot e Paris Jazz e até mesmo em revistas norte-americanas da especialidade.
Escreveu muitas canções que alcançaram e continuam a alcançar uma grande notoriedade fazendo hoje parte do património cultural francês como Le DéserteurLa Java des bombes atomiques. Chegou a ter uma banda Jazz formada por si e pelos seus dois irmãos que tocava no famoso clube de Jazz do Quartier Latin Le Tabou. Vian foi o responsável pelo lançamento de vários intérpretes da canção Francesa, nomeadamente Serge Reggiani e Juliette Gréco.
Entre as suas obras mais conhecidas podem referir-se, para além de O Outono em Pequim, os romances A Espuma dos Dias  (1946) e O Arranca Corações  (1953).

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