Stefan Zweig é um autor, austríaco. Nasceu em 1881 e em 1934 exilou-se no Reino Unido, para fugir ao regime fascista que se ia instalando. Suicidou-se no seu último exílio, no Brasil, em 1942 com o desgosto do mundo em que se vivia devastado pela 2ª Grande Guerra.
Da sua vasta obra, destaco um livro que li há algum tempo, Montaigne, editado pela Assírio & Alvim. Na sua escrita intensamente psicológica, encantadora, vibrante, Zweig, ao escrever sobre Montaigne, discorre sobre a sua própria vida, sobra a dimensão do individuo e da sua liberdade, questiona-se e estabelece paralelos, reflecte sobre um mundo em guerra havendo um encontro entre o biógrafo e o biografado.
“… Concluí por mim próprio que após termos adquirido experiência, é que reconhecemos a sabedoria e a grandeza de Montaigne”, “… Quando leio os Ensaios [de Montaigne], o papel impresso desaparece na penumbra da sala. Alguém respira, alguém vive em mim, um estranho veio ao meu encontro, deixando de ser um estranho mas um amigo que eu sinto muito próximo”
Um pequeno livro, de 92 páginas que nos dá a conhecer Montaigne, o criador do Ensaio como género literário, fruto da observação, reflexão e registo da sua análise pessoal. Como afirma Stefan Zweig, Montaigne considera-se um pensador, não um escritor.
Livro imperdível!