de Voltaire, Ed. Tinta-da-china, 2006
“Cândido” publicado pela primeira vez em 1759, é uma paródia filosófica, uma sátira, escrita sob o efeito que o terramoto de Lisboa (1755) provocara no debate sobre a natureza do mal.
Voltaire, com este pequeno texto, ridiculariza as teses do castigo divino, do fatalismo e da Providência.
Cândido é um jovem que tem como mestre o Dr. Pangloss, um metafísico-teólogo-cosmo-nigológico (esta última, uma palavra inventada que significa imbecil) que representa as teorias de Leibniz, pai da tese segundo a qual vivemos no “melhor dos mundos possíveis”.
No livro, Voltaire faz Cândido passar pelos mais diversos desastres sem que jamais Pangloss perca o optimismo. No final, Pangloss ainda insiste na tese de Leibniz, mas apenas recebe uma resposta do seu já exausto discípulo: “Muito bem dito, mas agora é preciso cultivar o nosso jardim.”