17.3.21

A Sibila

“A Sibila”
de Agustina Bessa-Luís

O papel das mulheres, a sua proeminência num mundo de homens sem qualquer espécie de feminismos. São elas que ao mesmo tempo são vítimas e mantêm o patriarcado. A história passa-se num contexto familiar burguês no Norte de Portugal. É uma saga familiar que acompanha três gerações desde o fim do séc. XIX até meados do séc. XX

Os livros de Agustina estão povoados de personagens que não se resumiam a estereótipos sociais, impelidas como eram pela caótica energia dos seres humanos essa é uma marca que se destaca no panorama literário de meados do séc. XX.

A Sibila editado em 1954, pela primeira vez, venceu em 1953 um concurso organizado pela editora Guimarães, com um júri formado por Vitorino Nemésio, Branquinho da Fonseca, Álvaro Lins e Tomás de Figueiredo. No ano seguinte receberia o Prémio Eça de Queiroz.

Publicou Eduardo Lourenço na revista Colóquio de Dezembro de 1963: “O que Sibila e sua descendência significam não precisa de ser sublinhado por contraste. Mas esse mundo romanesco, pelo seu simples aparecimento, deslocou o centro da atenção literária.”