“Trânsito”
de Rachel Cusk,
ed: Quetzal, 2018
No rescaldo do colapso da família, uma escritora e dois filhos mudam-se para Londres. Essa Perturbação vai ser o catalisador de uma série de transições – pessoais, morais, artísticas e práticas -, à medida que ela, Faye, se esforça por construir uma nova realidade para si e filhos. Na cidade é confrontada com aspetos da realidade que sempre tentara evitar – aspetos de vulnerabilidade e poder, de morte e renovação. Esta é a luta para se religar a si própria e à sua crença na vida.
Neste segundo livro de um preciso, curto e ainda assim épico ciclo, Cusk capta com inquietante contenção e honestidade o desejo de habitar uma vida e ao mesmo tempo abandoná-la, e a tortuosa ambivalência que anima a nossa necessidade do real.