"Por quem os sinos dobram"
de Ernest Hemingway
Por Quem os Sinos Dobram de Ernest Hemingway é editado em 1940 e é uma obra-prima que mergulha nos horrores da Guerra, neste caso a guerra civil espanhola.
No livro, Robert Jordan, é um jovem americano que faz parte das Brigadas Internacionais. Hemingway parte da sua experiência pessoal, ao ter ido, como voluntário, participar na Guerra Civil pelo lado dos Republicanos.
A sua crítica à burocracia, às tropas quer Nacionalistas quer Republicanas é forte, bem como o absurdo que a guerra traz ao de cima.
A narrativa é intensa, complexa como é a complexidade das personagens sobretudo em momentos de dor, luta, injustiças, sacrifício. Hemingway capta de forma excecional a crueldade da guerra e a fragilidade da vida humana.
Escreveu o editor Maxwell Perkins em carta dirigida a Hemingway após ter concluído a leitura do seu manuscrito “Se a função de um escritor é revelar a realidade, nunca ninguém o fez melhor do que você.”
O título, Por Quem os Sinos Dobram é retirado de um poema de John Donne (1572 – 1631), “Nenhum homem é uma Ilha isolada; cada homem é uma partícula do Continente, uma parte da Terra; se um Torrão é arrastado para o Mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um Promontório, como se fosse a Casa dos teus amigos ou a tua própria; a morte de qualquer homem diminui-me, porque faço parte do Género Humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti.”
Não só um romance, é um livro de História.