António Ramos Rosa
António Vítor Ramos Rosa um dos maiores poetas portugueses do século XX, a quem foram atribuídos os maiores prémios literários do nosso país bem como as mais altas condecorações, trabalhando ao longo da sua vida como empregado de escritório, e ainda como tradutor e professor.
Em 1945 participou na formação do MUD Juvenil e em 1949, coerente com a sua atitude de oposição ao Estado Novo, recusou-se a receber o Prémio Nacional de Poesia da Secretaria de Estado de Informação e Turismo atribuído a "Nos Seus Olhos o Silêncio".
Desenvolvendo uma importante atividade nos domínios da teorização e da criação poética, o nome de António Ramos Rosa surge ligado a publicações literárias dos anos 50, como Árvore, Cassiopeia ou Cadernos do Meio-Dia, que primaram não só por uma postura de isenção relativamente aos diversos feixes estéticos que atravessam a década de 50 (legado surrealista; evolução da poesia neorrealista, entre outros), como por um critério de respeito pela qualidade estética dos trabalhos literários publicados.
São esses aliás os princípios de Árvore, revista que co-fundou, em 1951, com os poetas António Luís Moita, José Terra, Luís Amaro e Raul de Carvalho… De um modo geral e sucinto, a sua poesia é caracterizada por uma linhagem de um lirismo depurado, exigente, atento ao poder da palavra no conhecimento ou na fundação de um real dificilmente dizível ou inteligível.
Em 2003, a Universidade do Algarve, atribui-lhe o grau de Doutor Honoris Causa.
In wikialgarve.pt
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