“Os Modos e os Olhares - António Aleixo e Fernando Pessoa em desgarrada (im)provável”
musicado e apresentado por
Afonso Dias
13.junho.2013 | 21h30
(quinta-feira)
Este é o novo projeto que a Bons Ofícios - Associação Cultural leva a cabo entre junho e outubro em todos os Municípios do Algarve.
A iniciativa conta com o apoio da Direção Regional de Cultura do Algarve, são 16 espetáculos a apresentar em todos Municípios algarvios, cujo conteúdo liga o CD - Fado Aleixo de Afonso Dias à poesia de Fernando Pessoa nos 125 anos do seu nascimento. Chama-se "Os Modos e os Olhares - Aleixo e Pessoa em desgarrada (im)provável" e é, quase integralmente, cantado.
O que aproxima dois dos mais expressivos e tão, aparentemente, diferentes poetas? Por que diversos ou semelhantes modos se exprimem? Que visões e convicções os iluminam? Que musicalidade os aproxima?
Para este encontro convocámos a redondilha maior (verso de 7 sílabas métricas) que ambos cultivaram: Aleixo na generalidade da sua obra; Pessoa no seu “Cancioneiro”. Também os heterónimos maiores – Caeiro, Campos e Reis –, ainda que fugazmente, marcarão presença nesta desgarrada. Esses que habitavam outros universos metafísicos...
Será encenado e cantado este encontro. Pessoa terá o seu espelho de observação interior e provocará Aleixo com motes, para que o algarvio leia a vida dos homens com os seus olhos de ver este mundo. Aleixo exortará Pessoa a viajar pelos labirintos da interioridade e pala graça popular da quadra lisboeta que o poeta tão esmeradamente cultivou.
Toda a poesia - e a canção é uma poesia ajudada - reflecte
o que a alma não tem. Por isso a canção dos povos
tristes é alegre e a canção dos povos alegres é triste.
O fado, porém, não é alegre nem triste. É um episódio de
intervalo. Formou-o a alma portuguesa (…)
F. Pessoa
(…)
só quando o coração canta
a minha pobre garganta
faz o que nem sempre faz.
A.Aleixo
Org.: Bons Ofícios - Associação Cultural
Apoio: Direção Regional de Cultura do Algarve