7.3.23

Sugestões de Leitura

"A Força da não-violência"

de Judith Butler
ed. Edições 70, 2021

Sinopse

“Para a principal teórica da corrente feminista hoje dominante, a não-violência é vista como uma prática passiva que emana de uma região serena da alma, quando, na verdade, é uma posição ética dentro do espetro do campo político.
A luta através da não-violência é travada por movimentos de transformação social que reconhecem que a interdependência da vida está na base de qualquer igualdade política ou social.”
in: wook.pt

“Acontecimentos recentes, como a ocupação de Wall Street em 2011, colocaram as estratégias de desobediência civil não-violentas na ordem do dia. Neste livro, Judith Butler mostra como a luta política pela igualdade social deve ser travada no contexto de uma ética da não-violência. Para a principal teórica da corrente feminista hoje dominante, a não-violência é muitas vezes erradamente vista como uma prática passiva que emana de uma região serena da alma, quando, na verdade, a não-violência é uma posição ética dentro do espetro do campo político.
Considerar a não-violência como um problema ético no seio da filosofia política exige uma crítica do individualismo, bem como uma compreensão das dimensões psicossociais da violência. Butler recorre a Foucault, Fanon, Freud e Benjamim para mostrar como a interdição da violência pelo Estado, a quem pertence o seu monopólio, deixa de fora vidas que são vistas como não sendo dignas de luto. Assumindo que as justificações da violência estatal e administrativa são animadas por «fantasmas raciais», Butler preconiza que a violência é muitas vezes atribuída àqueles que estão mais severamente expostos aos seus efeitos letais. A luta através da não-violência é travada por movimentos de transformação social que reconhecem que a interdependência da vida está na base de qualquer igualdade política ou social.
«Como estratégia de resistência e protesto, a não-violência é muitas vezes vista como passiva e resolutamente individual. A investigação filosófica de Butler defende que se trata, na verdade, de uma tática política coletiva astuciosa e até agressiva.»

New York Times

«Provavelmente a mais influente e mais viajada feminista da academia ocidental..., [Butler] combate criteriosa e assertivamente o ódio, o medo e a raiva dos que respondem violentamente à sua confrontação permanente dos padrões normativos de coerção com apelos a ações concertadas de resistência.»
Lynne Segal, Times Higher Education”
in: almedina.net