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19.10.20

Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação

“Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação” de Fernando Pessoa, textos estabelecidos e prefaciados por Jacinto Prado Coelho e Georg Rudolf Lind (Editora Ática, Lisboa, 1966).

Obra que reúne vários escritos de Fernando Pessoa sobre a sua vida quotidiana, as suas relações com os outros e consigo próprio, as suas ânsias e angústias, o seu sonho de imortalidade, a sua evolução como escritor, o porquê e o como do seu desdobramento em heterónimos. Entre as diversas reflexões há sobre a Censura.

Fernando Pessoa denuncia o regime e a ausência de liberdade assegurada pela instituição censória.

“Não é que não publique porque não quero: não publico porque não posso. (…) Ora sucede que a maioria das coisas que eu pudesse escrever não poderia ser passada pela Censura. Posso não poder coibir o impulso de escrevê-las: domino facilmente, porque não o tenho, o impulso de as publicar, nem vou importunar os Censores com matéria cuja publicação eles teriam forçosamente que proibir.” Talvez por isso tanta coisa tenha ficado por publicar. A censura, limitou-o, como elucida num rascunho de carta algures em 1935, ano da sua morte, escrita ao seu amigo António Marques Matias: “Nunca se admire de eu tardar em escrever-lhe, nem com esse tardar se ofenda. À parte o andar eu sempre embrenhado em complicadíssimas crises mentais, acresce que certas circunstâncias externas, a que não consigo ser insensível, me abatem e me perturbam. Tenho estado velho por causa do Estado Novo.”

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5.6.17

"Nós, os de Orpheu" . exposição . 5 a 30 de Junho de 2017



"Nós, os de Orpheu", exposição na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos em Tavira, de 5 a 30 de Junho de 2017



A exposição "Nós, os de Orpheu", iniciativa da Casa Fernando Pessoa, Camões IP - Instituto da Cooperação e da Língua e do IELT, pode ser visitada na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos, em Tavira de 5 a 30 de Junho de 2017.

Através da reprodução de obras e documentos (fotografias, recortes de imprensa, correspondência, manuscritos, etc.), apresenta-se o “Nós” que formou Orpheu e alargam-se perspectivas de leitura a todos “Nós” que, um século depois, continuamos a descobrir Orpheu. A exposição tem como curadores Antonio CardielloJerónimo Pizarro e Sílvia Laureano Costa.

Entrada livre



“NÓS, OS DE ORPHEU”

 Há 100 anos um grupo de jovens publicou uma revista: Orpheu. Saíram apenas dois números. Foi o bastante para lançar a polémica e agitar o cenário artístico português, adormecido nas linhas estéticas novecentistas. Orpheu, revista e geração, “foi o primeiro grito moderno que se deu em Portugal”, na expressão de José de Almada Negreiros.

A exposição Nós, os de Orpheu – título parafraseado do texto de Fernando Pessoa na revista Sudoeste 3, em 1935 –, traça o percurso da revista e dos seus protagonistas, recorrendo, muitas vezes, às próprias palavras dos “órficos”.

Através da reprodução de diversas obras e documentos (fotografias, recortes de imprensa, correspondência, manuscritos, etc.), apresenta-se o “Nós” que formou Orpheu e alargam-se perspectivas de leitura a todos “Nós” que, um século depois, continuamos a descobrir Orpheu. Porque, como Pessoa concluiu: “Orpheu acabou. Orpheu continua.” Antonio Cardiello, Jerónimo Pizarro, Sílvia Laureano Costa

A construção desta exposição procurou um ângulo que permitisse apresentar a revista Orpheu e o grupo que a criou a partir de dentro, ou seja, a partir dos contributos dos seus protagonistas, tanto no tempo histórico da revista, como posteriormente, e a partir das memórias que alguns destes autores e artistas nos legaram.

É um projeto desenhado originalmente para a itinerância, com o objetivo de fazer viajar em diferentes plataformas o espírito e a palavra de Orpheu. A exposição vai circular internacionalmente através da rede do Camões, I.P., ao mesmo tempo que a nível nacional será lançada no circuito do ensino básico e secundário, bem como junto das bibliotecas municipais.


Associada à exposição está em desenvolvimento a criação de um livro + CD (Editora BOCA), complemento deste trabalho expositivo e seu prolongamento - registo e memória - para lá do tempo de celebração.





Comissão científica Antonio Cardiello, Jerónimo Pizarro, Sílvia Laureano Costa

Design Sílvia Prudêncio

Parceria Camões, IP – Instituto da Cooperação e da Língua

Colaboração IELT

Iniciativa e coordenação Casa Fernando Pessoa”

30.9.16

O Autor do mês - Todos os meses, um autor em destaque!

Autor de outubro |Fernando Pessoa
 

A escolha do autor do mês de Outubro recaiu sobre Fernando Pessoa por este ter feito Álvaro de Campos, seu heterónimo, nascer, a 15 de Outubro de 1890, em Tavira.

Álvaro de Campos é o móbil d’ A FESTA DOS ANOS DE ÁLVARO DE CAMPOS, este ano na sua 2ª edição.

“Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 (onde virá a falecer) e aos 7 anos partiu para a África do Sul com a sua mãe e o padrasto, que foi cônsul em Durban. Aqui fez os estudos secundários, obtendo resultados brilhantes. Em fins de 1903 faz o exame de admissão à Universidade do Cabo. Com esta idade (15 anos) é já surpreendente a variedade das suas leituras literárias e filosóficas. Em 1905 regressa definitivamente a Portugal; no ano seguinte matricula-se, em Lisboa, no Curso Superior de Letras, mas abandona-o em 1907. Decide depois trabalhar como "correspondente estrangeiro". Em 1912 estreia-se na revista A Águia com artigos de natureza ensaística. 1914 é o ano da criação dos três conhecidos heterónimos e em 1915 lança, com Mário de Sá-Carneiro, José de Almada-Negreiros e outros, a revista "Orpheu", que dá origem ao Modernismo. Entre a fundação de algumas revistas, a colaboração poética noutras, a publicação de alguns opúsculos e o discreto convívio com amigos, divide-se a vida pública e literária deste poeta.
Pessoa marcou profundamente o movimento modernista português, quer pela produção teórica em torno do sensacionismo, quer pelo arrojo vanguardista de algumas das suas poesias, quer ainda pela animação que imprimiu à revista "Orpheu" (1915). No entanto, quase toda a sua vida decorreu no anonimato. Quando morreu, em 1935, publicara apenas um livro em português, "Mensagem" (no qual exprime poeticamente a sua visão mítica e nacionalista de Portugal), e deixou a sua famosa arca recheada de milhares de textos inéditos. A editora Ática começou a publicar a sua obra poética em 1942. No entanto, já o grupo da "Presença" tinha iniciado a sua reabilitação (poética e filosófica) face ao público e à crítica. “

In: https://www.wook.pt/autor/fernando-pessoa/2103

29.1.16

Cartas inéditas da família de Pessoa encontradas no espólio de Hubert Jennings

Cartas inéditas da família de Pessoa encontradas no espólio de Hubert Jennings

“O pessoano inglês esteve em Lisboa, nos anos 60, a investigar a célebre arca pessoana. […] Henriqueta Dias, meia-irmã de Pessoa, escreveu-lhe uma extensa carta em 1970, enviando-lhe dados para uma biografia do poeta. […].

A carta faz parte de um espólio com cerca de dois mil documentos que um filho de Jennings, Christopher, doou recentemente à Universidade Brown, em Providence, nos Estados Unidos. O jornal brasileiro Folha de S. Paulo foi o primeiro a divulgar a existência deste acervo num artigo em que anunciava a descoberta de uma “caixa com textos inéditos de Fernando Pessoa.

[…]Na verdade, não terão sido ainda descobertos no arquivo de Jennings quaisquer inéditos de Pessoa que não existam na Biblioteca Nacional, mas é possível que venham a ser encontrados. E se não for o caso, nem por isso este conjunto de papéis deixa de ter relevância para os estudos pessoanos, e designadamente para os biógrafos de Pessoa. A extensa carta da meia-irmã de Pessoa, Henriqueta Madalena (1896-1992), que inventaria as diversas casas onde o poeta viveu em Lisboa e evoca episódios da sua mocidade, era até agora inteiramente desconhecida dos investigadores, tal como uma carta enviada a Jennings por outro meio-irmão de Pessoa, Michael (nascido Luiz Miguel) Nogueira Rosa, esta mais centrada no livro que o seu correspondente inglês projectava dedicar ao poeta dos heterónimos, de quem já então tinha traduzido vários poemas.”


Mais informação em: http://www.e-cultura.sapo.pt/artigo/20662

3.10.14

Recital. 16 de outubro de 2014 . 12h às14h


Há Musica na Poesia 
Carta de Ricardo Reis para Álvaro de Campos
O que te encanta em mim, irmão poeta
É a sombra inversa que me acompanha
Sabes, como eu, que toda gente e coisa
Tem alma e sonha ser uma outra coisa

E se assim, por que não estendê-la a tudo
Tinha alma a nau que te levou esta carta
O envelope e outra alma a tinta
E sendo assim, tudo tem alma, creia
Abra esta carta e minha alma leia.
                                                   Vicente Sá

Fernando Pessoa foi, talvez, o poeta que mais se intrigou com a mágica que transforma palavras em poesia. No âmago desta metamorfose, como se vê no diálogo travado entre Álvaro de Campos e Ricardo Reis em Paginas Íntimas e de Auto-Interpretação, Pessoa encontrou na música a forma de expressão que  carrega as ideias de emoção, que expande o alcance da prosa e a eleva ao patamar de poesia. 
Dessa matéria mágica é composto o recital Há Música na Poesia, um recital musicado que será apresentado no próximo dia 16, às ....., na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos. Os artistas brasileiros Túlio Borges e Vicente Sá passeiam pela poesia brasileira e portuguesa percorrendo os trilhos de sua musicalidade.  O espetáculo é um tributo a Álvaro de Campos, heterônimo ao qual Fernando Pessoa deu berço em Tavira e do qual a cidade celebra, nesta semana, o aniversário. 

O ESPETÁCULO
Há Musica na Poesia intercala textos de Fernando Pessoa e seu heterônimo Álvaro de Campos com alguns dos mais expressivos poetas brasileiros contemporâneos, ora cantados ora contados, enfatizando sempre a sonoridade e a cadência das palavras que elevam alguns dos textos mais primorosos da língua portuguesa ao patamar de poesia.
Túlio Borges (voz e violão) e Vicente Sá (voz) são acompanhados pelo músico Victor Angeleas (bandolim) e, ao longo de 1h15min, passeiam pela obra de Fernando Pessoa, Álvaro de Campos, José Chagas, Jessier Quirino, Mário Quintana, Ferreira Gullar, Climério Ferreira, Vicente Sá, Angélica Torres e Heitor Humberto de Andrade, que estará compilada em um libreto para oferecer aos espectadores as dimensões da poesia na leitura e na audição. O passeio consiste da interpretação de poesias cuidadosamente musicadas por Túlio Borges e do recital de poemas selecionados por Vicente Sá.

OS ARTISTAS


Túlio Borges é natural de Brasília. Estudou piano desde os 10 anos, idade em que já compunha. Em 2010, é premiado em diversos festivais de composição brasileiros e lança seu primeiro disco . "Eu venho vagando no ar" (2010) apresenta canções autorais e recebe elogios de grande parte da crítica brasileira, como Tárik de Souza e Zuza Homem de Mello, além do prêmio de melhor cantor independente pela Rádio Cultura de São Paulo e a nominação como um dos 50 melhores discos do ano pela Revista Manuscrita.
Em 2014 grava seu segundo álbum, dedicado à cidade pernambucana de São José do Egito - capital nacional da poesia. O disco é recheado de parcerias com músicos e poetas nordestinos, como Climério Ferreira (PI), Jessier Quirino (RN), Afonso Gadelha (PB) e José Chagas (MA). 

Vicente Sá  nasceu em Pedreiras, no Maranhão vive em Brasília, cidade que adotou e pela qual foi adotado. Poeta desde a primeira infância, cresceu ao som mesclados dos cordéis – principal manifestação poética da cultura popular brasileira – dos poetas românticos e dos irreverentes modernistas, desenvolvendo o gosto e o domínio sobre a palavra falada que o tornaram um dos precursores da prática dos recitais poéticos resgatada por sua geração.
Tem oito livros publicados. Como letrista trabalha com Tulio Borges e mais de duas dezenas de parceiros e tem suas músicas gravadas pelo grupo Liga Tripa, por Célia Porto, Aloísio Brandão e Goya, entre outros.

Victor Angeleas, bandolinista, compositor e arranjador, iniciou seus reais estudos musicais aos sete anos de idade, depois de alguns anos de iniciação musical infantil. Estudou teclado, piano, guitarra, cavaquinho e formou-se em violão popular aos 15 anos. Elegeu o bandolim como seu instrumento principal aos 13 anos, começando o estudo deste na Escola de Choro Raphael Rabello. Recebeu, em 2005, o prêmio “Jovem Talento da Música de Brasília”. Já se apresentou em diversas cidades do Brasil e dividiu palco com grandes nomes da música, como Hamilton de Holanda, Pedro Amorim e Renato Vasconcellos. Em 2012 gravou seu primeiro CD, “Sem Fronteiras”, ao lado do acordeonista Junior Ferreira. Hoje, com vinte e cinco anos, é formado no curso de Licenciatura em Música pela Universidade de Brasília e está cursando Mestrado em Performance e Criação Musical pela mesma instituição. 


6.11.13

Fernando Pessoa e os Algarves . 23 de novembro . 10h30

No dia 23 de novembro, terá lugar o encontro sob o tema FERNANDO PESSOA E OS ALGARVES, na Biblioteca Municipal Álvaro de Campo. O início do encontro está previsto para as 10h30 e prolongar-se-à pelo dia todo. 

As intervenientes são do IEMO (Instituto de Estudos sobre o Modernismo) da Universidade Nova de Lisboa, dirigidas pela Profª Doutora Teresa Rita Lopes.

A entrada é livre, mas devido a constrangimentos de espaço é necessário realizar inscrição prévia junto da organização: alvarodecampos09@gmail.com

Org.: Associação Casa Álvaro de Campos