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23.7.14

Performance poético-musical . 31 de julho de 2014 . 22h00



O  Algarve, a que João Lúcio chamou o “meu país do sul”, é  pátria de poetas. Há mais de mil anos. De  berço uns, por acolhimento outros, todos eles amantes desta terra virada ao mar. Sempre o mar sobrepondo-se,  pela magia da distância e da aventura, à ruralidade inicial que hoje sobrevive. Porque ao longo dos tempos foi sempre o mar do Algarve a tecer-lhe o destino, a esculpir-lhe os sonhos, a desenhar-lhe a história. 

“Sou algarvio / e a minha rua tem o mar ao fundo” escreveu o poeta armacenense António Pereira e talvez nenhum aforismo ilustre melhor este sortilégio. 

Pois é este mar algarvio que o Infante desafiou, que Gil e Lançarote afrontaram e  que deslumbrou Sophia, que hoje inspira este projecto. 

“O mar ao fundo” é um trabalho construído com poesia e música de algarvios – naturais ou adoptados – e de amantes do Algarve e do Mar.

“O mar ao fundo” tem o Algarve como centro e  a poesia – mãe das artes e geradora dos sonhos – como bandeira. 
É assinado por Afonso Dias que há largos anos serve o Algarve como autor, cantor, actor de teatro, divulgador de poesia em centenas e centenas de sessões, enfim, como militante da cultura. 
Este trabalho é mais um passo nesse percurso.
“O mar ao fundo” inclui poesia de António Pereira, Leonel Neves, João Lúcio, Teresa Rita Lopes,  Carlos Brito, António Aleixo, Natália Correia, Miguel Torga, Sophia de Mello Breyner, Maria da Conceição Silveira, Natércia Duarte, Afonso Dias...
É integralmente produzido no Algarve. Estúdio, músicos, cantores, designer estão aqui. Por isso será marcado com  a chancela: “feito no Algarve”. Para que conste.

Composições, pesquisa e selecção – Afonso Dias
Direção musical – Adriano St. Aubyn e Afonso Dias
Colaboração especial – Tânia Silva
Uma produção  - Bons Ofícios – Associação Cultural

“o mar ao fundo” - uma produção solidária 
com o apoio:

30.5.14

Perfomance . 31 de maio de 2014 . 18h00

Villa-Lobos em Movimento. A PERFORMANCE . UM RECITAL   
Villa-Lobos em Movimento é uma releitura das peças do compositor para guitarra clássica, interpretadas também através da dança. O recital evolui a partir do reconhecimento das influências europeias levadas para o Brasil pela colonização portuguesa durante o reinado de D. João VI. Delas Villa-Lobos se apropriou, para as desconstruir e remodelar com uma intencional contaminação pelas tradições, folguedos e crenças populares criando uma obra genuinamente brasileira que vem influenciando várias gerações de compositores.
PROGRAMA     
UM - Estudo nº 1 em Mi Menor      
Para o compositor este estudo evoca o movimento das ondas do mar. Será uma alegoria ao mar como caminho para uma cultura estranha que se implantou na terra virgem que haveria de chamar-se Brasil. Atraída pela música uma bailarina vem ao palco buscar o som ao músico e com ele viajará sobre movimentos ondulantes de um mar imaginário.

DOIS  -  Prelúdio nº 3 em Lá Menor         
homenagem  a Bach
Há uma grande influência clássica europeia nas primeiras peças de Villa-Lobos e a paixão por Bach atravessa a sua obra, embora o impacto de compositores como Claude Debussy, Eric Satie ou Igor Stravinsky tenha também permeado a sua inovadora criação musical. Toda essa carga europeia foi paulatinamente invadida por referências brasileiras. Essa influência erudita europeia traduz-se numa bailarina que bebe pequenos goles de chá, uma alusão literal a uma ironia popular portuguesa que chama de “falta de chá” ao desconhecimento da cultura e regras de comportamento “europeias”.

TRÊS - Choro Gavotte             
Esta gavotte marcará o início do “desmame” das influências europeias. Vestindo uma crinolina estruturada, e colocando uma tradicional cabeleira branca armada e em cachos, a bailarina tenta reproduzir as marcações originais de uma gavotte tradicional, mas acaba por parecer ridícula na tentativa de reprodução de uma cultura que lhe é alheia.

QUATRO  - Prelúdio nº 5 em Ré Maior         
homenagem  aos rapazinhos e mocinhas que frequentam os concertos e os teatros
Invoca-se a história da vida amorosa do compositor. Começa com o seu primeiro amor, a esposa legítima Lucília, uma pianista que lhe deu forte apoio profissional no início da carreira. Foi uma relação que terminou em desencanto e tristeza, mas Lucília nunca concordou com um divórcio. Segue-se a explosão amorosa da segunda oportunidade que a vida lhe dá, na mulher e amante Mindinha, que permanecerá companheira fiel até o fim de seus dias. Poderia ser também uma história de amor universal e atemporal. Uma rosa nos cabelos sublinha o romantismo exacerbado sobre o qual os amores sobrevivem.

CINCO - Choro nº1 para violão
Villa-Lobos, na sua mocidade, frequentou as rodas de choro tocando para sobreviver. Esta composição de 1920 foi dedicada a Ernesto Nazareth, outro compositor brasileiro. É um choro com inspiração direta na música urbana do Rio de Janeiro do final do século XIX e dança-se como um samba, numa alusão a um Brasil que se apropria e modifica as suas impostas origens, recriando-as para se criar

SEIS - Prelúdio nº 2 em Mi Maior            
homenagem ao Malandro Carioca – Melodia Capadócia – Melodia Capoeira
O malandro carioca, essa imagem quase romântica de um fora-da-lei manipulador e oportunista mas relativamente inofensivo, que inspirou Villa-Lobos e que Walt Disney transcreveu na figura do Zé Carioca, já não existe. Todo o início da peça ainda reflete essa imagem, sublinhada pelo uso de um chapéu panamá. Hoje em dia um fora-da-lei, ou malandro, carioca age e se esconde nas favelas ou comunidades. Fortemente armado, trafica droga, é o maior inimigo das famílias com quem divide essas áreas de residência, e será eventualmente morto numa “ação de pacificação” pelo exército. Outros tempos… Na nossa leitura, a capoeira invocada pelo compositor traduz um pouco melhor a dramática insegurança nos subúrbios cariocas atuais. Uma “homenagem” a tal malandro já não faz sentido.

SETE  -  Estudo nº 6 em Mi Menor         
Com este estudo invocam-se todos os orixás. Villa-Lobos talvez não tenha pensado nisso, mas o estudo poderia bem ser tocado num terreiro onde uma mãe de santo oficiasse uma cerimónia religiosa. Troca-se o chapéu panamá pelo adé (coroa) com filás (franjas de missangas) douradas para homenagear Oxum e as sincréticas religiões afro-brasileiras, resultado direto das artes e artimanhas que os oprimidos usaram para superar os obstáculos criados pelos opressores, desde tempos imemoriais…

OITO - Prelúdio nº 1 em Mi Menor         
homenagem ao Sertanejo Brasileiro – melodia lírica
De todo o vasto sertão brasileiro, escolheu-se fazer uma alusão ao caboclo-de-lança do tradicional maracatu de baque-solto dançado pelos cortadores de cana na Zona da Mata dos sertões de Pernambuco. Essa figura usa um chapéu feito cabeleira de fios prateados, que alguns dizem poder ser uma imitação tosca das cabeleiras empoadas dos nobres. A flor branca na boca, de misterioso sentido, e os óculos escuros… é o sertanejo mimetizando o citadino, o pobre mimetizando o nobre…
NOVE -  Prelúdio nº 4 em Mi Menor
homenagem ao Índio Brasileiro
Durante esta peça acontece a última etapa desta metamorfose, que invocará o índio brasileiro. A bailarina despe a saia e a crinolina, pinta o rosto e os braços com a tinta vermelha de urucum reproduzindo alguns motivos usados por índios brasileiros de diversas tribos.
DEZ - Estudo nº 11 em Mi Menor        
Este estudo faz uma alusão musical que nos pareceu conter movimentos de danças rituais de índios brasileiros nas cerimónias do Quarup. O passo cadenciado marca o ritmo das suas evoluções perdidas no tempo. Com ela invocamos e homenageamos os nossos mortos. A coreografia termina com uma referência aos primeiros movimentos da Sagração da Primavera de Igor Stravinsky coreografada por Nijinsky, que estreou em 1913, mesmo ano em que pela primeira vez se editaram obras de Villa-Lobos.

Simone Marçal dança |  Josué Nunes guitarra  | Tela Leão roteiro e direção
Produção Ritmo Alternado
Cia Passos: coreografia | Analuisa Almada: consultoria coreográfica

24.3.14

Performance teatral. 27, 28 e 29 de março de 2014 . 21h30



A 27 de março, Dia Mundial do Teatro, pelas 21h30, será apresentando o resultado final da oficina de teatro promovida pela Armação do Artista, na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos.
Esta oficina teve a duração de 12 semanas e culminará com a apresentação pública de "Elementos menos produtivos", do escritor austríaco Peter Turrini.
A peça será também apresentada nos dias 28 e 29 de março, pelas 21h30.
Para maiores de 18 anos.



17.9.13

Performance poética . Pela Leonor Verdura . 21 de setembro de 2013. 21h30


“Pela Leonor Verdura” 
um percurso através da poesia experimental portuguesa 
Pela Mandrágora - Centro de Cultura e Pesquisa de Arte 



21 de setembro de 2013 | 21h30 


«com “pela leonor verdura”, pretende-se uma viagem ao interior de um movimento que neste país ganhou alguma forma nos anos 60. um movimento / projecto que deu corpo àquilo que é a poesia experimental / visual portuguesa. em “pela leonor verdura”… (verso de ana hatherly in “anagramático”) procuramos uma linguagem, na sua raiz, teatral / performativa. e, nele se semeiam letras, na esperança da germinação da palavra»

percorrem-se poemas de:
EMERENCIANO – ANA HATHERLY – MÁRIO CESARINY DE VASCONCELOS – LIBERTO CRUZ – JAIME SALAZAR SAMPAIO – ALBERTO PIMENTA – E. MELO E CASTRO – ANTÓNIO ARAGÃO – ABÍLIO JOSÉ SANTOS – SALETTE TAVARES – JOSÉ OLIVEIRA – ALEXANDRE O’NEIL – FERNANDO AGUIAR – CESAR FIGUEIREDO – M. ALMEIDA E SOUSA – ANTÓNIO DANTAS – ARMANDO MACATRÃO – JOSÉ ALBERTO MARQUES – SILVESTRE PESTANA

com íris santos e bruno vilão a protagonizar esta viagem criativa.

Com o apoio da Associação Min-arifa e da Câmara Municipal de Tavira | BMAC

7.3.13

Maré de Contos 2013


Sessão de abertura da Maré de Contos 2013
na 
Biblioteca Municipal Álvaro de Campos

quinta-feira, 7 de março, 21h30


Apresentação de “Dia de Portugal à Noite” de Luís Luz
e
Ensaio aberto com a Armação do Artista